O Museu Nacional de Arte Antiga vai levar ao centro comercial das Amoreiras, em Lisboa, 31 réplicas de pinturas, de quarta-feira, 4 de outubro, a 5 de novembro, num convite ao público para que vá ver os originais.
Em declarações à Lusa, o diretor do Museu Nacional de Arte Antiga (MNAA), António Filipe Pimentel, disse que se trata de uma amostra, um chamar de atenção para a coleção do museu, uma vez que “as obras verdadeiras estão à espera das pessoas no MNAA”.
Em 31 lojas das Amoreiras podem ser vistos quadros como “Vista do Mosteiro e Praça de Belém”, do pintor Filipe Lobo, além de trabalhos de Cristóvão de Morais e Domingos Sequeira.
De Dürer, tem o museu várias gravuras no seu acervo, assim como o óleo “São Jerónimo”, que está na exposição permanente. “A virgem e o menino”, de Hans Menling, e “Obras de misericórdia”, de Pieter Bruegel, o Jovem, estão também patentes nas salas de pintura europeia.
Há nesta iniciativa um objetivo comum das duas instituições, nas palavras do diretor do MNAA: “Das Amoreiras, reforçar o prestígio; do ponto de vista do museu, reforçar a visibilidade das suas coleções e o apelo a que as pessoas as venham ver”.
“Por muito extraordinária que seja a réplica, há uma diferença de monta que só no museu se pode ver”, afirmou António Filipe Pimentel à Lusa, estabelecendo os paralelos com o projeto “ComingOut”, em 2015, quando o museu levou às ruas de Lisboa várias obras de arte.
O diretor do MNAA explicou que o convite partiu das Amoreiras e que “há uma pequena história por trás”, no contexto do “ComingOut”, que acabou por coincidir com a campanha “Vamos pôr o Sequeira no lugar certo”, para aquisição do quadro “A Adoração dos Magos”, de Domingos Sequeira, a que a empresa proprietária das Amoreiras se associou.
Questionado sobre um eventual impacto de projetos como o “ComingOut” e agora o “MNAAmoreiras” no número de visitantes do Museu Nacional de Arte Antiga, Pimentel realçou não ser possível quantificar o efeito direto de tais iniciativas, mas disse que “as visitas organizadas em paralelo com as obras que estavam na rua foram um sucesso de públicos”.
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