Dezembro 4, 2024

Nota de Pesar pela morte de Mariema, atriz e fadista que nasceu em Campo de Ourique

Pedro Cegonho, Presidente da Junta de Freguesia de Campo de Ourique, lamenta a morte da atriz e fadista Mariema referindo que o dia “é de pesar e de luto”, em memória da artista, nascida precisamente no bairro de Campo de Ourique. “Mariema ficará para sempre na nossa memória e o seu nome inscrito na história do Teatro e da Cultura portuguesa. Foi uma atriz brilhante, uma fadista única, uma das maiores estrelas que passou pelo Parque Mayer”, recorda Pedro Cegonho.

Mariema era conhecida por não gostar de revelar o ano em que nascera, mas orgulhava-se da infância feliz vivida em Campo de Ourique. Conhecida no bairro por ser uma jovem alegre e com sentido de humor apurado, foi aí que se lhe ouviram as primeiras notas, mas só pelos amigos e familiares. Só depois de começar a frequentar as casas de fado é que perdeu o receio de cantar em público e depressa se tornou numa das vozes-revelação da época.

Descoberta por Deolinda Rodrigues, que logo a recomendou para que integrasse uma produção de teatro de revista, começa por ser convidada para a revista “A Regar e pôr ao Luar”, no Teatro ABC, em 1964, e logo depois faz furor ao lado de Fernanda Borsatti em “Ai venham vê-las”. Cimenta a sua posição como uma das divas do Parque Mayer ao transitar para o mítico Teatro Maria Vitória, com a revista “Sopa no Mel”. É nesta altura que nasce o tema que a imortalizará: “O Fado Mora em Lisboa”.

Ao mesmo tempo faz carreira como cantora, continua a revelar-se como atriz nos palcos do Variedades, do Teatro Nacional D. Maria II, do Teatro Municipal S. Luiz, entre muitos outros. Fica também imortalizada pelas colaborações com Filipe La Féria em “Grande Noite”, “My Fair Lady” e “Amália”.

A longa carreira conta ainda com sucesso na televisão, em algumas das produções de ficção portuguesas de maior sucesso dos últimos anos, como “Ouro negro” (2017), “Santa Bárbara” e “Massa Fresca” (2016), “Sol de Inverno” (2013), “Liberdade 21” (2009) e “Morangos com Açúcar” (2008). Entre as últimas atuações de Mariema incluem-se participações em grandes produções do cinema nacional: “Refrigerantes e Canções de Amor”, de Luís Galvão Teles e “Os Gatos Não Têm Vertigens”, de António-Pedro Vasconcelos.

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