Outubro 4, 2024

Lisboa vai apoiar lojas históricas da cidade

A Panificadora Mecânica, onde de pão se fez história

A Câmara Municipal de Lisboa (CML) quer reconhecer e proteger 21 oficinas e unidades de produção própria que estejam ligadas a estabelecimentos históricos na cidade, e que vão poder contar com os apoios dados às “Lojas com História”.

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“Em reunião do Conselho Consultivo do passado dia 18 de Dezembro de 2017, foi apresentado um conjunto de oficinas de manufactura ligados a estabelecimentos já distinguidos como ‘Loja com História’, tendo em vista abranger os mesmos, bem como conferir o reconhecimento a oficinas de manufactura”, refere a proposta aprovada em reunião pública do executivo da capital.

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Antes da distinção, será aberta uma consulta pública, por 20 dias, relativa à atribuição destes reconhecimentos.

A lista inclui unidades de fabrico de gelados, alfaiataria, oficinas de encadernação e moldes, fabrico de velas, pastelaria, azulejos, produção de carimbos, destilaria ou produção de bandeiras.

Os estabelecimentos que vão a consulta pública são: A Veneziana, Camisaria Pitta, oficina Carlos Guerreiro, Casa Achilles, Casa Forra, Caza das Vellas Loreto, Confeitaria Nacional, Ervanária Rosil, Fábrica de Sant’Ana, Folha D’Ouro, fábrica Francisco Soares da Silva, Ginginha Rubi, Ginginha Sem Rival, Hospital das Bonecas, Leitão&Irmão, Luvaria Ulisses, alfaiataria Maguidal, Negrita, Panificação Mecânica, Pastéis de Belém e Primeira Casa das Bandeiras.

Destas unidades, uma está localizada na freguesia do Lumiar, oito em Santa Maria Maior, três na Misericórdia, duas em Santo António, uma na Ajuda, uma em São Vicente, uma em Marvila, uma em Campo de Ourique (a Panificação Mecânica), uma em Belém e duas em Arroios.

Segundo o vice-presidente da CML, Duarte Cordeiro, o objectivo passa por “identificar quais as lojas que têm produção própria associada, e proteger esse fabrico”.

Sendo que a produção pode, ou não, estar localizada na mesma morada da loja, o município quer salvaguardar que “se acontecer alguma coisa à loja, que não aconteça à oficina”, ou vice-versa.

“São estas oficinas tradicionais que preservam os estabelecimentos de carácter histórico”, vincou o vice-presidente do município.

Assim, as oficinas distinguidas terão “acesso aos apoios e fundos do programa ‘Lojas com História’ para desenvolvimento dos negócios”.

Na reunião pública da CML, os vereadores aprovaram também, por unanimidade, o reconhecimento de cinco organismos como Entidade de Interesse Histórico e Cultural ou Social Local.

As entidades são a Sociedade de Geografia, o Grémio Literário, o Círculo Eça de Queiroz, o Ateneu Comercial de Lisboa e a Academia dos Amadores de Música.

Na discussão da proposta, a vereador do PSD Teresa leal Coelho quis saber se “a atribuição desta classificação garante às entidades alguns benefícios, privilégios”.

O presidente da CML, Fernando Medina (PS), afirmou que “a única coisa que visa é assegurar protecção em matéria do regime do arrendamento”, mas isto “não significa que alguma destas instituições não possam beneficiar de outros benefícios de outros programas”.

Fonte: Lusa

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