A Deco Proteste apelou hoje aos consumidores para que não comprem hambúrgueres já picados nos talhos, onde encontrou bactérias nocivas e aditivos alergénicos usados para fingir que a carne é fresca.
Num estudo publicado hoje, a associação de defesa dos consumidores diz que identificou carne guardada a temperaturas demasiado altas, “milhões de bactérias por grama”, entre as quais a salmonella e outras de origem fecal, demasiada gordura e sulfitos usados ilegalmente como conservantes.
“Desaconselhamos de todo a compra de carne previamente picada e de hambúrgueres frescos já preparados nos talhos”, disse à Agência Lusa o técnico Nuno Lima Dias, que defende que o Governo deve proibir a venda deste formato.
Os talhos estão fora da lei também por armazenarem a carne a temperaturas “muito superiores ao que a lei permite”, apontou, referindo que se recomenda que não excedam os dois graus centígrados, mas a média ronda os oito graus, chegando em alguns casos aos 14.
Nuno Lima Dias afirmou que “os consumidores estão desprotegidos” quando compram os hambúrgueres já picados, uma vez que não há maneira de detectar, olhando para a carne, se esta é de qualidade inferior, sobretudo quando se usam sulfitos, que evitam o escurecimento da carne.
Foram encontradas ainda bactérias como a salmonella e E Coli, de origem fecal, que podem provocar infecções alimentares. A Deco defende que se deve escolher a peça de carne no talho e pedir para a picar na hora, ou comprar e picar em casa. Na preparação da carne, deve cozinhar-se bem o alimento e evitar que entre em contacto com outros que são consumidos crus. “Nada passou do razoável, a grande maioria dos estabelecimentos chumbou”, disse Nuno Lima Dias.
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