Fevereiro 19, 2025

“Queremos a excelência em tudo o que fazemos”

Manuel Cavaleiro Ferreira é presidente do Ginásio Clube Português desde 2008. O advogado e antigo ginasta garante que trabalha para que a instituição atinja o melhor nível de sempre. Mais sócios, mais modalidades e melhores resultados.

Recentemente, o Ginásio Clube Português ganhou o concurso de concessão da gestão da Piscina de Campo de Ourique. Ficar a gerir a Piscina é importante para o Clube?
É muito importante, foi o retomar de uma modalidade que o Clube tinha perdido há muitos uns anos. De facto, tínhamos a gestão da Piscina de Campo de Ourique desde 2009 mas, em 2016, quando o contrato acabou, o presidente da Junta de Freguesia decidiu fazer um concurso público para a nova concessão. Candidatámo-nos e ganhámos. Penso que entregar a gestão daquele equipamento a uma entidade privada, que está vocacionada para a atividade desportiva, foi uma boa solução, com menos dinheiro pode prestar-se mais e melhor serviço. Mantivemos as taxas municipais e os moradores da Freguesia ainda têm desconto, creio que temos vindo a fazer um bom trabalho. A título de curiosidade posso dizer que em 2009 a Piscina de Campo de Ourique tinha 440 utentes, hoje tem cerca de 4000! E, para nós, gerir a Piscina foi um marco porque foi a nossa primeira experiência de expansão para além das nossas próprias instalações. Depois da Piscina, em parceria com a EDP passámos a gerir os ginásios das suas sedes no Porto e Lisboa, firmámos um protocolo com o liceu Pedro Nunes e iniciámos o voleibol feminino. E queremos recuperar o râguebi, a vela e o remo modalidades que o Ginásio Clube também já teve.

A relação com a Junta de Freguesia tem corrido bem?
A relação tem sido excelente! Há vontade de colaboração, de parte a parte, e nós estamos sempre disponíveis para colaborar, para fazer novas parcerias.

Qual é o papel do Ginásio Clube Português na cidade de Lisboa?
Penso que é um papel fundamental de apoio ao desporto e à prática de atividade física. Neste momento temos 9000 sócios. Já tivemos 12000 e esse é o objetivo da minha direção, voltar a atingir esse número. Talvez muita gente não saiba, mas no que diz respeito a associados, somos o sexto maior clube desportivo de Portugal. E, embora sejamos um clube privado, a nossa missão é prestar um serviço público. Acho que é isso que o Ginásio Clube Português tem feito, desde a sua fundação. E é isso que queremos continuar a fazer. A nossa meta é atingir o ponto mais alto em todas as vertentes. Olhar para os momentos em que atingimos o máximo e querer estar lá outra vez. Por isso digo que quero voltar a ter 12000 sócios, mas também quero estar no máximo de resultados de todas as modalidades e quero poder oferecer todas as modalidades que o Clube já teve e outras que, entretanto, apareceram. Tenho consciência de que é impossível conseguir isto tudo ao mesmo tempo, mas esse é o objetivo para que trabalhamos todos os dias.

Manuel Cavaleiro Ferreira

Estão a construir um parque de estacionamento subterrâneo. Porquê?
Porque percebemos que, hoje, as pessoas só vão aos sítios onde sabem que têm lugar para deixar o carro. Este parque tem 202 lugares e é um parque público, vai poder ser usado por qualquer pessoa que precise de estacionar nesta zona. Não é preciso ser sócio ou praticar alguma modalidade no Clube para poder usá-lo e é uma obra estruturante para o nosso futuro.

O parque de estacionamento é também uma parceria?
Não, o parque está a ser construído por nós e vai ser gerido por nós. E não tivemos qualquer apoio, está a ser feito com capitais próprios e contraímos um empréstimo junto na banca. Por isso, é uma obra do Ginásio Clube Português.

O que é que o levou a interessar-se pela direção do Ginásio Clube?
É uma longa história. Estudei, com muito orgulho, no Colégio Militar, onde fiz quase todos os desportos. Quando saí, aos 15 anos, quis continuar e, por isso, vim para o Ginásio Clube, onde fiz ginástica até aos 31 anos. Só parei porque tive uma lesão grave que me impediu de continuar. Foi nessa altura que me desafiaram para integrar a direção com a responsabilidade dos pelouros jurídico e de recursos humanos do Clube, que atravessava uma fase muito difícil, estava falido. Foi nesse ano, em 1998, que comecei a fazer parte da direção, com o meu vice-presidente, João Maria Forjó e o Tesoureiro, Rui Borges. Desde então, com um interregno entre 2005 e 2008, fiz parte de todas as direções e o meu primeiro mandato como presidente começou em 2008. O Ginásio Clube Português é uma grande família, faz parte das nossas vidas e quando precisa de nós, a única resposta que podemos dar é estarmos disponíveis. É também a possibilidade de retribuirmos tudo aquilo que o Clube nos deu e é um exercício de cidadania onde, de forma abnegada e, em regime de voluntariado, através de uma instituição da sociedade civil, podemos servir o nosso País!

Fonte: Boletim Informativo da Junta de Freguesia N.º 7 | DEZ 2016/JAN 2017

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