
Dá-se o nome de Maria da Fonte à rebelião popular que se iniciou no Minho, no mês de Maio de 1846, acabando por alastrar por todo o País, dando origem a uma feroz luta civil conhecida como “a guerra da patuleia”. Em causa, aparentemente, esteve a chamada “lei da saúde”, que proibia os enterramentos nas igrejas como até aí era tradição, causando grande contestação popular e o forte descontentamento contra o fisco e o governo autoritário de Costa Cabral, que a designou como a “revolução do saco ao ombro e da roçadoura na mão”.
Está colocada no jardim Teófilo Braga, em Campo de Ourique
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A 15 de Setembro de 1920, comemorando os 100 anos da proclamação do regime liberal, foi inaugurado o monumento à heróica Maria da Fonte, a jovem mulher de Fonte da Arcada que terá liderado o alvoroço das mulheres minhotas. Mais do que uma homenagem à figura feminina ali representada, a estátua é, por um lado, a alegoria do movimento popular libertador que lavrou em grande parte do reino, e, por outro, da liberdade alcançada com a instauração do regime liberal em Portugal.
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Obra plena de movimento e de expressão, que se enquadra nas correntes Naturalista e Realista, da autoria de Costa Motta (tio), em mármore branco, representa uma mulher jovem, descalça, envergando vestes minhotas, empunhando um chuço sobre o ombro esquerdo, e uma pistola erguida na mão direita, em posição de incitamento. Está colocada no jardim Teófilo Braga, em Campo de Ourique, local de evocação revolucionária, por aí terem ocorrido, em 1803, os motins que culminaram com o estabelecimento do regime liberal em Portugal.
Fonte: Lisboa Património
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